sexta-feira, novembro 22, 2024
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O SÁBADO FOI DE MANIFESTAÇÃO NA MG-760. MANIFESTANTES COBRAM CELERIDADE DAS OBRAS.

Na foto, o prefeito de Timóteo, Douglas Willkys, o vereador Geraldo Gualberto, Ernani, Paulo César Reis (PC) e o engenheiro Paulo Souza.

MARLIÉRIA (Fotos PCReis e LuElias) –  O grande manifesto para cobrar do governo estadual a celeridade das obras dos 57 km da MG-760, que liga o Vale do Aço à Zona da Mata,  realizado neste sábado (25), em Santo Antônio da Mata, organizado por lideranças do “Movimento MG-760 Asfalta Já” e comunidades do entorno da rodovia, alcançou o seu objetivo na opinião dos organizadores. Mais dois manifestos estão programados para o próximo mês de setembro.

O prefeito de Dionísio, Dr. Farias, também participou da manifestação.

Iniciado às 7h30, com término às 12h, o manifesto levou a mensagem de que as obras não podem parar. Foram abordados 461 veículos, com média de 3 ocupantes cada. Destes, 145 veículos tinham o destino de cidades como Raul Soares, Ponte Nova, Rio de Janeiro, Viçosa, Juiz de Fora e outras. A Polícia Militar acompanhou discretamente o evento, que transcorreu em clima pacifico e ordeiro.

Além das 32 pessoas entre  membros do Movimento MG-760 e simpatizantes, também participaram do manifesto, o prefeito Douglas Willkys e o vereador  Geraldo Gualberto, de Timóteo; o vereador de Marliéria, Francis Drumond; e o prefeito Dr. Farias Menezes, de Dionísio.

Ernani, a professora Vera Lobato e Sudário, conversam com o motorista Gisley, que seguia para o Rio de Janeiro. O mapa  indicava que a MG-760 era uma rodovia totalmente asfaltada.

“O Movimento MG-760 discute neste momento a continuidade do cronograma da obra, porque a retomada do asfaltamento da MG-760 está completando um ano e a conclusão de apenas 8 km com asfalto. Desde o  final do ano passado, a empresa Tamasa reduziu a mão de obra de trabalhadores, parcela salários e retira máquinas da estrada”, relatou os coordenadores do Movimento, que destacaram que as informações que chegam até a eles, são de que o governo do Estado não está pagando a empresa.

O prefeito de Timóteo, Douglas Willkys, o vereador Geraldo Gualberto e o secretário Hiler Felix, também explicaram aos motoristas a importância da rodovia para o contexto econômico do Vale do Aço e Zona da Mata.

 

Na opinião dos organizadores, as obras estão a passo de tartaruga há mais de um ano, e o governo do Estado insiste em dizer que os recursos para o empreendimento estão liberados. “O que estamos presenciando são demissões, morosidade das obras e  o parcelamento dos salários dos operários. O único trecho asfaltado foi concluindo em três meses. A partir de então, nove meses se passaram e a empresa que tinha o compromisso de asfaltar trechos de seis em seis km, está apenas fazendo movimento de terra”, afirmaram.

PERÍODO CHUVOSO

A preocupação das lideranças que acompanham de perto o desenrolar das obras se relaciona com o período chuvoso e com a possibilidade de perder 12 km de serviço de terraplanagem, que está praticamente pronto para receber o asfalto. “Todos os dias temos notícias de que a empresa Tamasa está atrasando os serviços porque o governo estadual não repassa pagamento. Essa falta de informação indica para nós população que as obras podem ser paralisadas assim que findar o processo eleitoral”, destacou os líderes do Movimento, informando que os protestos na estrada irão acontecer até que alguém apareça para esclarecer a situação. Para o mês de setembro estão programados mais dois grandes manifestos.

Entenda o caso

A obra de pavimentação foi iniciada no dia 3 de setembro de 2013, e paralisadas no dia 1 de dezembro de 2014, por causa de uma ação movida por ambientalistas que questionaram pontos do licenciamento ambiental e exigiram o atendimento de condicionantes ambientais para proteger o Parque Estadual do Rio Doce, uma vez que a estrada corta um trecho da zona de amortecimento da reserva de mata atlântica.

Depois de aproximadamente quatro anos parada à espera de adequações ambientais, em outubro do ano passado, o asfalto começou a aparecer  nos primeiros metros da MG-760, perto de Cava Grande e hoje já se estende até Santo Antônio da Mata. A pavimentação foi iniciada nas proximidades do canteiro de obras da empresa Tamasa (vencedora da licitação) a 600 metros do distrito de Cava Grande, em Marliéria. A obra, de 57 quilômetros de extensão, tem orçamento de R$ 110.930.599,83, conforme uma placa afixada em Cava Grande, custeada com recursos estaduais.

O vereador de Marliéria, Francis Drumond, também esteve presente na manifestação.

A previsão de entrega da obra é no fim de 2019. A sequência da obra agora dependeria da liberação de novos aportes orçamentários. A pavimentação da MG-760 entre Marliéria e São José do Goiabal (BR-262) é uma obra esperada há mais de 50 anos pela população do Vale do Aço, para facilitar o acesso.

 

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