sexta-feira, novembro 22, 2024
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Nesta sexta-feira, Ipatinga lança projeto piloto de coleta seletiva de lixo

IPATINGA – O que fazer com o imenso volume de lixo produzido por toda uma cidade? E como resolver a questão sem se esquecer de quem vive da coleta e venda de parte dos materiais descartados, sem deixar de pensar também na sustentabilidade das futuras gerações? A Prefeitura de Ipatinga começa a avançar na harmonização de todos os aspectos socioambientais que envolvem o tema a partir desta sexta-feira (21), com o lançamento de um projeto piloto de coleta seletiva. Implantado por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), o sistema será lançado às 8h30, pelo prefeito Nardyello Rocha, no Viveiro Municipal.

Serão investidos inicialmente R$ 240 mil, montante disponibilizado pelo Ministério Público de Ipatinga a partir da arrecadação de multas aplicadas em empresas por prática de crimes ambientais. A iniciativa conta ainda com parcerias da Associação Regional de Proteção Ambiental do Vale do Aço (Arpava), Vital Engenharia e toda a comunidade.

O projeto começa pelos bairros Cidade Nobre, Horto e Veneza, que ganharão coletores de materiais recicláveis (metal, papel, plástico e vidro), devidamente sinalizados e com sua mascote em destaque, em pontos estratégicos. Caso as respostas sejam positivas, a ideia é implantar a coleta seletiva em toda a cidade.

Conforme o prefeito Nardyello Rocha, a intenção é criar estratégias de educação ambiental e conscientização, a fim de que possam ser separados os materiais passíveis de reciclagem e torne-se um hábito no dia a dia das pessoas a sua destinação correta, nos coletores do programa. “Já é tardia a ação do poder público nessa área. As agressões ao meio ambiente são grandes e o quadro reclama soluções de sustentabilidade. O programa foi desenvolvido para alcançarmos resultados positivos a curto, médio e, principalmente, longo prazo, possibilitando uma mudança de postura significativa que deverá impactar nas futuras gerações”.

Parcerias

A coleta seletiva terá ainda um caráter social, uma vez que a Associação dos Catadores de Recicláveis de Ipatinga (Ascari), Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis do Vale (Amavale) e a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis do Vale do Aço (Coopcava) ficarão responsáveis pela coleta e destinação final dos materiais recebidos nos coletores do projeto.

A Ascari receberá os resíduos provenientes do bairro Cidade Nobre, a Amavale ficará responsável pelo captação no bairro Veneza e, por fim, a Coopcava se encarregará do recolhimento no bairro Horto. “O dinheiro da venda será destinado a eles. Afinal, essa prática já era o ganha-pão dessas pessoas. A diferença é que agora vamos mobilizar a população a separar esse lixo, o que dará um volume ainda maior de resíduo, aumentando ainda mais a renda deles”, concluiu o prefeito.

Conscientização

Atualmente, a cidade de Ipatinga gera em média 4.247 toneladas de resíduos sólidos domiciliares por mês. Desse total, cerca de 50 toneladas são recicláveis, que poderiam – e deveriam – ser reaproveitados. Contudo, esse índice hoje é de apenas 1,1%.

“A partir do gerenciamento adequado destes resíduos, esperamos que a população seja instigada a realizar a separação dos recicláveis na fonte geradora. Assim reduzimos esses materiais no meio ambiente, os gastos com a limpeza da cidade, e também diminuímos a quantidade de lixo que é direcionado ao aterro sanitário, que tem um período limitado de vida útil”, explicou a diretora do Departamento de Meio Ambiente, Núbia Fernandes Batista.

Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, simultaneamente à implantação dos coletores serão realizadas diversas ações de educação ambiental, como panfletagem e visitas aos comércios varejistas para orientar quanto ao funcionamento da coleta, além de atividades nas escolas.

As escolas das redes municipal, estadual e particular dos bairros Veneza, Horto e Cidade Nobre – onde serão implantados os primeiros coletores – participarão de um concurso para escolha do nome da mascote e slogan do projeto.

“É importante levar projetos como esse para dentro das escolas, para conscientizar e sensibilizar as crianças e os adolescentes, visto que suas opiniões ainda estão em formação. Assim, ajudamos a fomentar uma cultura de responsabilidade socioambiental”, complementa Núbia.

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