Ipatinga: vacinação contra gripe é menor entre crianças, gestantes e professores
IPATINGA – As baixas coberturas vacinais registradas na campanha contra a gripe em todo o país acenderam um alerta, e o Ministério da Saúde prorrogou para o dia 22 de junho o encerramento da vacinação. Para se ter ideia do cenário atual, em 2018, no Brasil, os casos de gripe já são o dobro se comparado com o mesmo período do ano passado. Em Ipatinga, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, o município alcançou até o momento 76% de cobertura. A meta preconizada é de 90% em cada grupo considerado “mais suscetível” ao agravamento de doenças respiratórias.
O total estimado de munícipes a serem imunizados é de 51.748. Entretanto, somente 40.584 estão protegidos contra a doença.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Mara Fernanda, a maior preocupação se dá quanto aos grupos de gestantes e crianças de seis meses a menores de cinco anos, que atualmente somam apenas 54% de pessoas imunizadas, além dos professores com 56%.
“A baixa procura preocupa em função da proximidade do inverno, período de maior circulação dos vírus da gripe, pelo número de casos e mortes registrados no Brasil. E no grupo de gestantes e crianças o alerta é ainda maior, especialmente porque a vacina é proteção dupla: tanto para a mãe quanto para o filho”, adverte Mara. Durante a gravidez, as gestantes têm maiores dificuldades no aparelho respiratório. “Elas são mais vulneráveis”, acrescenta.
A diretora explica que muitas mulheres deixam de se proteger por temores infundados de que a imunização poderia fazer mal. “Isto é falta de informação”, assegura. Ela esclarece que as vacinas indicadas na gravidez não são feitas de vírus vivo e, desse modo, não oferecem perigo.
A Secretaria de Saúde de Ipatinga disponibiliza a vacina em 15 Unidades Básicas da rede, com exceção das Unidades de Saúde dos bairros Vale do Sol, Nova Esperança, Parque das Águas, Bom Jardim II e Vila Formosa. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, a partir das 8h.
Grupos priorizados
O público-alvo é o seguinte: idosos a partir de 60 anos; crianças de seis meses a menores de cinco anos; trabalhadores de saúde; professores das redes pública e privada; povos indígenas; gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) e pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em regime de medidas socioeducativas.
A escolha dos grupos prioritários para a vacinação contra a gripe segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.