sexta-feira, novembro 22, 2024
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Governador eleito Romeu Zema vai aderir ao Regime de Recuperação Fiscal do governo federal

REDAÇÃO – Romeu Zema, governador eleito de Minas, vai aderir ao Programa de Recuperação Fiscal, do governo federal, que exige uma série de medidas drásticas, como a privatização de empresas estatais. Também quer incrementar o caixa do Estado com a atração de empresas. Para isso, pretende flexibilizar as exigências ambientais e sanitárias. As afirmações foram feitas ontem, após a apresentação de diagnóstico fiscal do Estado, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Zema elogiou o diagnóstico e garantiu que vai adotar várias das medidas. Para isso, diz contar com o apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

“A situação é tão grave que os legisladores sabem que será necessário desagradar uma parte da população. Não fomos eleitos para representar categorias isoladas, fomos eleitos para representar 21 milhões de mineiros. Serão perdas momentâneas”, afirma.

A especialista em finanças públicas da Organização Não-Governamental (ONG) Contas Abertas, Selene Peres, avalia que em meio à grave crise que Minas atravessa, uma série de ações impopulares, que vão do aumento da alíquota paga pelos servidores até a dispensa de empregados concursados, se fazem necessárias. Ela acusa o atual governo de “maquiar” as contas.

Segundo Selene, a recessão em que o Estado se encontra é pior do que se imagina. O motivo é que o ela chama de “criatividade contábil” utilizada pela equipe do atual governador, Fernando Pimentel (PT).

Como exemplo, cita a metodologia de cálculo utilizada pelo governo para analisar as despesas de pessoal. “Pelas contas de Minas Gerais, foram gastos 60% do orçamento com pessoal. Pelas contas do Tesouro, o gasto foi de 79%”, diz.

A incorporação do depósito judicial pelo Estado também foi citada por Selene como uma forma de “maquiar das contas”. “O Estado recebeu R$ 5 bilhões de depósitos judiciais, mas aquilo não era despesa corrente, era operação de crédito”, afirma.
Em uma analogia, ela compara a gestão do atual governo com um pai de família que vai à bancarrota, mas não comunica à família e continua gastando com supérfluos.

Fonte: HojeEmDia

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