Fórum da Água espera chegar a mais de 100 mil participantes até o fim do evento
Dos participantes do fórum, 74,5 mil pessoas visitaram a Vila Cidadã e a Feira e 10,5 mil são congressistas que participaram das mais de 300 sessões temáticas do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Desses, 6,9 mil são brasileiros e 3,5 mil estrangeiros.
O presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, disse que a organização foi surpreendida com o número de participantes, já que a expectativa era de cerca de 40 mil pessoas. “Isso mostra que o tema da água está se tornando um tema importante não só para os técnicos que trabalham nessa área mas também para o cidadão comum e para os políticos”, disse.
A abertura do evento contou com a presença de 12 chefes de estado e governo, além de representantes de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas e suas agências, a União Europeia, o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, entre outros.
O Fórum também contou com a presença de 56 ministros e 14 vice-ministros de 56 países, 134 parlamentares de 20 nações diferentes, além de autoridades locais como prefeitos e governadores. Outra inovação citada foi a participação do Poder judiciário, com a presença de 83 juízes, promotores e especialistas de 57 países.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, disse que o maior legado do Fórum para a população de Brasília, que passa por um período de crise hídrica, é uma consciência maior com relação ao uso da água e a mudança de hábitos. “Tenho certeza de que na medida em que a preocupação com a água é maior a partir das crianças, dos jovens, das famílias, as pessoas vão desperdiçar menos água no seu uso cotidiano”, disse.
Declarações
Como resultado do Fórum, serão produzidas cinco declarações: de ministros, de parlamentares, de autoridades locais e dos juízes e promotores, além de uma declaração de sustentabilidade, que vai indicar compromissos que os países devem ter em relação à boa gestão da água.
Segundo Braga, os documentos serão distribuídos para incentivar o bom uso da água e a segurança hídrica. “Nenhuma dessas declarações são vinculantes, não há obrigações, mas há um comprometimento de ter uma boa gestão da água nos seus respectivos países”, explicou, lembrando que é preciso de motivação da classe política para que a implementação desses documentos possa acontecer.