Depoimentos na CPI dos medicamentos de Timóteo começam em clima quente e constatações importantes
Timóteo (Fotos PCReis) – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) constituída na Câmara Municipal de Timóteo para investigar a denúncia de compra de medicamentos pela Prefeitura de Timóteo sem a devida entrega, no governo do ex-prefeito Geraldo Hilário Torres (PP), deu inicio nesta terça-feira (27) a fase das oitivas.
Na parte da manhã, a comissão formada pelos vereadores Geraldo Moreira Nanico, Wladimir Geraldo de Lana e Geraldo Gualberto, com a presidência do primeiro vereador, ouviu duas testemunhas. Conforme informou o presidente Geraldo Moreira Nanico, as intimadas deixaram uma contribuição importante para os trabalhos.
Durante o depoimento, uma das testemunhas, chegou a confirmar que ocupava cargo comissionado no RH, porém foi deslocada para coordenar o Almoxarifado. Uma segunda depoente, servidora efetiva da PMT, que também trabalhava no Almoxarifado, garantiu que medicamentos chegavam naquele local sem a devida nota fiscal. A depoente afirmou ainda que a nota dos tais medicamentos só chegava depois, mas que era entregue a outra funcionária que ocupava o cargo de confiante do ex-prefeito Geraldo Hilário. A servidora efetiva fez constar também que o procedimento um tanto quanto estranho, só acontecia apenas com a empresa Cofarminas, e que o fato nunca aconteceu em outras administrações.
TUMULTO
Dando sequência aos depoimentos do dia, já na parte da tarde, a CPI convocou para ser ouvida a senhora Luciana Quintão. Porém, logo na abertura dos trabalhos, o advogado da depoente, Jonair Cordeiro – ex-Procurador Geral do município no governo do ex-prefeito Geraldo Hilário, requereu a leitura de uma escritura pública, que da qual informava que o relator da CPI, vereador Geraldo Gualberto, havia procurado a sua cliente com uma oferta de trabalho, para que a mesma oferecesse provas de corrupção contra o ex-prefeito Geraldo Hilário. Formado um tumulto generalizado, o advogado ainda pediu a suspensão da CPI e o afastamento do relator.
O presidente da CPI, Geraldo Nanico, ponderou sobre o fato. “Quando convidamos o senhor Gualberto para a relatoria, acreditamos na sua seriedade e fidelidade com a Casa”, argumentou Nanico.
Diante dos fatos narrados pelo advogado da depoente, o vereador Geraldo Gualberto disse a reportagem do JBN que foi acusado de uma situação gravíssima. “Tenho provas que essa mulher entrou aqui para mentir. Vocês vão saber de toda a verdade. Vou até as últimas instâncias”, rebateu o relator.
Gualberto ainda destacou que a participação de ex-cargos de confiança e do ex-procurador geral do então prefeito Geraldo Hilário, foi uma forma de intimidar os trabalhos da CPI. “O Legislativo é uma casa democrática onde a população tem o direito de participar, no entanto, não vamos aceitar que pressão de pessoas ligadas ao ex-prefeito prejudique o andamento de uma investigação que tem o único objetivo de esclarecer fatos denunciados em vários veículos de imprensa”, pontuou o vereador.
SUSPENSÃO
Diante do acontecido, a sessão e os trabalhos da CPI foram suspensos para que ambas as partes – Luciana Quintão e Geraldo Gualberto – entreguem documentos sobre a acusação em 24 horas. Depois, com o parecer jurídico, o presidente da CPI, vereador Geraldo Nanico irá decidir sobre o pedido do possível afastamento do relator e a continuidade dos trabalhos da comissão.
Essa CPI dos Remédios, está mal contada. O tumulto é para desviar atenção do que de fato aconteceu. Tem caroço debaixo desse angu!!!