1º Encontro Pró Mananciais discute a preservação hídrica em Minas Gerais
Realizado pela Copasa, evento reuniu cerca de 300 pessoas em Belo Horizonte, entre especialistas e comunidades de 53 municípios mineiros
BELO HORIZONTE – O Governo de Minas Gerais promoveu, por meio da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), o 1º Encontro Pró Mananciais, entre os dias 21 e 23 de fevereiro passado. Realizado no hotel Othon Palace, em Belo Horizonte, o evento reuniu especialistas em preservação hídrica e meio ambiente, além de representantes de comunidades de várias regiões do Estado, num total de 300 participantes. Durante o encontro, os agentes do Programa puderam trocar experiências e conhecer novas técnicas e processos de manejo ambiental.
O Programa Pró Mananciais é responsável por mobilizar a comunidade e parceiros estratégicos para se engajarem na proteção e conservação dos mananciais utilizados pela Copasa para abastecimento público. O trabalho é realizado por meio do cuidado e da recuperação dos rios e cursos d’água, desde a sua nascente até seu ponto de captação. O Programa começou suas atividades em 2017, alcançando 58 cidades mineiras. Para 2018 a expectativa é de que sejam beneficiados 149 municípios, no total.
A presidente da Copasa, Sinara Inácio Meireles Chenna, com o professor e Teólogo Leonardo Boff, convidado especial do evento.
PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO
Ao longo dos três dias foram discutidos temas como proteção e recuperação de mananciais, mudanças climáticas e educação ambiental. Estiveram presentes representantes da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e de outras entidades. O professor e teólogo Leonardo Boff, convidado especial do evento, destacou em sua palestra as iniciativas promovidas para a preservação da água, em uma perspectiva histórica e humanitária.
No primeiro dia do encontro (21/02), a presidente da Copasa, Sinara Inácio Meireles Chenna, abordou a importância das parcerias para o desenvolvimento do Pró Mananciais. “Com um grupo sério e capacitado, buscamos garantias para a segurança hídrica e abastecimento das populações. As parcerias com órgãos do Estado e setores da sociedade nos animam e dão fôlego para que possamos avançar cada vez mais no programa”, disse ela.
A presidente também se mostrou otimista quanto à mudança de paradigmas na proteção das águas mineiras. “Vemos a possibilidade real de modificarmos a forma de atuação em relação à conservação e preservação hídrica”, acrescentou.
Na mesa de abertura, o diretor geral da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (Arsae), Gustavo Cardoso, falou sobre a expectativa com o programa. “Queremos que a sociedade conheça e acredite no Pró Mananciais. O papel da Arsae é o de dar transparência para todo o processo do programa, que é construído com toda a comunidade”, afirmou.
A necessidade de aliar a sustentabilidade à produção de alimentos foi um dos temas abordados por Glenio Martins, presidente da Emater-MG. “Em nosso estado, temos uma produção de alimentos muito variada. O desafio agora é continuar essa produção, mas de forma sustentável”. De acordo com ele, o programa será um legado para as futuras gerações.
O evento também contou com apresentações e ações culturais e foi encerrado com uma celebração que valorizou a terra e a água do estado, com a participação do músico Folka Sena e a Orquestra Jovem das Gerais.
Preservação e Conscientização
O Pró Mananciais, realizado pela Copasa, promove ações de sensibilização, mobilização e educação ambiental, valorizando o conhecimento e experiência das comunidades onde é desenvolvido. Partindo do pressuposto da responsabilidade compartilhada, o Programa, que tem a aprovação da Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (Arsae), também busca construir coletivamente o sentimento de pertencimento da população à microbacia de região onde ela está inserida.
Entre as diversas atividades desenvolvidas pelo Programa, estão o cercamento de nascentes; cercamento e plantio de mudas nativas em mata ciliar e a implantação de bacias de contenção de enxurradas.
