APAC promove desenvolvimento de recuperandos por meio do edital de projetos da Fundação Aperam Acesita
TIMÓTEO – A APAC – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Timóteo, por meio do projeto Trabalho para conquistar, criou em sua sede uma fábrica de blocos e bloquetes para capacitar os recuperandos e prepará-los para a reintegração no mercado de trabalho após o cumprimento de pena. O projeto foi viabilizado após a associação ter sido beneficiada por meio do edital de projetos da Fundação Aperam Acesita.
A fábrica de blocos tem a finalidade de contribuir para a inclusão econômica e social das pessoas com privação de liberdade, por meio do desenvolvimento de habilidade e competências no setor de construção civil, especificamente na produção de blocos de concreto.
Com o projeto de geração de trabalho e renda, a entidade trabalha com duas equipes de quatro pessoas cada, que desenvolvem o trabalho em dois turnos, manhã e tarde. Os recuperandos, por meio do trabalho, também conseguem a remissão de pena. A cada três dias trabalhados, a pena do recuperando um dia é subtraído da sua pena.
De acordo com a coordenadora administrativa da associação, Aline Leal, por meio do trabalho desenvolvido pelos internos, é possível gerar fonte de renda para a APAC. “Além de capacitar essas pessoas, nós realizamos a venda dos blocos. Com isso, a APAC consegue angariar fundos para a melhoria da instituição. O edital foi de fundamental importância para o desenvolvimento deste projeto”.
De acordo com um dos colaboradores da fábrica, a atividade é uma oportunidade de se preparar para sua reintegração no mercado de trabalho. “Tenho gostado muito de aprender a trabalhar com blocos e bloquetes. Pra mim, é muito gratificante poder aprender uma nova profissão que com certeza irá agregar na minha vida pós APAC”.
A APAC Timóteo foi inaugurada em 2016 com o objetivo de acolher recuperandos em regime semi-aberto e aberto. O Centro de Reintegração Social consiste em um dos doze elementos fundamentais da metodologia APAC. O modelo se diferencia do prisional tradicional ao humanizar a pena de prisão e oferecer ao condenado condições de se recuperar com disciplina rígida associada ao respeito, à ordem, ao trabalho e ao envolvimento da família do sentenciado e da comunidade local.
Histórico
Fundada pelo advogado e escritor Mário Ottoboni, a Apac é uma entidade civil que se dedica à recuperação e à reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade. O método foi criado em 1974, com o intuito de manter um presídio sem policiais. O trabalho promove a valorização humana, vinculada à evangelização. A associação propicia a ressocialização do recuperando, que tem a oportunidade de trabalhar dentro do próprio presídio.