Bancários do Santander deflagram greve
IPATINGA – Bancários do Brasil todo paralisaram suas atividades na quarta-feira, 20, em protesto às medidas implementadas pelo Santander. Aproveitando-se da Reforma Trabalhista o banco mudou as regras sobre horas extras, fracionamento de férias, e aumento da mensalidade dos planos de saúde. Todas essas medidas estão sendo implementadas sem negociação com o movimento sindical.
De acordo com Laércio Lemos Guimarães, secretário de Formação Sindical e representante da COE, a ideia de livre negociação entre empresa e trabalhador é mais uma falácia da Reforma Trabalhista. “A nova lei permite a negociação direta entre empresa e trabalhador sobre horas extras e férias, em uma relação de poder desigual, na qual o empregador pode impor sua vontade sobre a prerrogativa de demitir o empregado caso não aceite os termos.”
Horas extras
O Santander impôs aos bancários um termo individual, através de assinatura eletrônica no Portal RH, que estabelece normas para banco de horas na instituição. É o chamado acordo de horas extras.
Fracionamento das férias
Outra mudança determinada pela Reforma Trabalhista do governo Temer é a negociação direta entre funcionário e empregador com relação às férias, que vão poder ser fracionadas em três períodos, desde que nenhum deles seja menor do que cinco dias. Este é outro ponto que o banco está impondo aos bancários sem qualquer negociação, de acordo com seus interesses.
Aumento nos planos de saúde
Outra medida que não está agradando os trabalhadores é o reajuste de 20% nos planos de saúde e do aumento na coparticipação das consultas e procedimentos médicos.