sexta-feira, novembro 22, 2024
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Câmara aprova recomposição salarial dos vereadores e salva o 13º dos servidores da PMT

Os vereadores Douglas Willkys, Fábio Campos Binha, José Vespasiano Vespa e Guaraciaba Martins, votaram contra a recomposição de 11,28% nos salários e abriram mão do recebimento.

TIMÓTEO – A Câmara de Vereadores de Timóteo realizou nesta quarta-feira (14), logo pela manhã, a primeira das três sessões plenárias para apreciação, discussão e votação de cinco importantes propostas de leis. Com um princípio de tumulto, o Sindicato dos Servidores Públicos de Timóteo – SINSEP tentou argumentar com a Mesa Diretora a retirada de pauta do Projeto de Resolução nº 430/2016 que indicava uma recomposição aos salários dos vereadores da ordem de 11,28%, retroativo ao último mês de janeiro.

O vereador Douglas Willkys (PSB), antes do inicio da sessão, protocolou no gabinete da presidência um requerimento abrindo mão “em caráter irrevogável do recebimento de qualquer recurso financeiro”, vinculado à recomposição salarial, caso o projeto fosse aprovado.

O presidente da Casa Legislativa, vereador Moacir de Castro, após as leituras de pareceres de comissões, suspendeu a sessão por 10 minutos – atendendo solicitação dos servidores, para que o presidente do SINSEP, Israel dos Passos Arcanjo, pudesse se posicionar em nome da categoria.

Taxando a resolução de “prêmio” de consolação para os vereadores derrotados na última eleição, o sindicalista Israel Arcanjo garantiu que a entidade iria denunciar a Câmara Municipal no Ministério Público, caso a matéria fosse aprovada. “O sindicato concorda com a recomposição, desde que não seja retroativo”, pontuou  o sindicalista, sugerindo que a votação pudesse contemplar também os servidores da Câmara Municipal.

Para esclarecer a situação, o presidente da Câmara, vereador Moacir de Castro informou que a recomposição salarial dos vereadores com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – INPC/IBGE é um direito votado pela legislatura passada. “O salário do agente politico é corrigido anualmente pela inflação, sendo que isto ocorre em todas as legislaturas, 2009/10/11/12/13/14/15/16, e permanecerão assim nos próximos quatro anos, pois já foi votado por esta legislatura antes da eleição de outubro”, argumentou.

O vereador José Constantino Filho, o Coronel, além de defender a aprovação da resolução, revelou para aos servidores presentes e para a direção do Sindicato, que os parlamentares contribuíram o ano inteiro com a Mesa Diretora, fazendo economias, para que pudessem ter o direito na recomposição, que deveria está sendo paga de mês a mês, desde o último mês de janeiro. “Fizemos o dever de casa, economizando em todos os setores, para garantir o nosso direito neste fim de ano. Somos trabalhadores. Estamos sendo penalizados porque  fizemos o dever de casa”, justificou o vereador, destacando que se a mesma consciência econômica tivesse sido colocada em prática na Prefeitura, com certeza os servidores estariam em uma situação muito melhor. Além do vereador Coronel, também discursou pela aprovação da recomposição salarial o vereador Adriano Alvarenga (PMB).

O vereador Douglas Willkys (PSB), antes do inicio da sessão, protocolou no gabinete da presidência um requerimento abrindo mão “em caráter irrevogável do recebimento de qualquer recurso financeiro”, vinculado à recomposição salarial, caso o projeto fosse aprovado.

Douglas afirmou que votou contrário e abriu mão do recebimento dos valores correspondentes a recomposição salarial, que ultrapassam R$ 10 mil. “Minha decisão foi em respeito a cada cidadão que acredita na possibilidade de trilharmos um caminho diferente do que estamos vendo ao longo dos últimos anos e que tem levado ao descrédito generalizado da política. É ainda uma posição de coerência dentro do projeto político que defendi juntamente com o meu grupo no último pleito e que sonhamos para nossa cidade”, destacou Douglas.

O vereador Vespa disse que  o projeto não é ilegal, e que reconhece o esforço dos vereadores no que se refere a economia dentro do Legislativo, em função da crise que assola o país. “Tenho feito severas críticas a nível federal sobre as reformas propostas. A PEC 55, por exemplo, é a Reforma Previdenciária deveria atingir o alto escalão, ela não propõe apertar no Legislativo e nem no Judiciário, quem está pagando a conta em nome da crise é o povo. Minha consciência exigiu de mim coerência,  por isso votei contra a resolução 430 que propõe a reposição dos provimentos dos vereadores. Respeito a opinião de quem votou diferente, espero que minha posição e aqueles que votaram junto comigo seja compreendida e respeita”, declarou Vespa..

Votaram contra
Douglas Willkys – PSB
Fábio Campos (Binha) – PSB
Guaraciaba – PMDB
José Vespasiano Vespa (Rede de Sustentabilidade)

Votaram a favor:
Adriano Alvarenga – PMB
Elci Michael Jackson – PPS
Geraldo Moreira Nanico – PSD
João de Souza Natinho – PTC
José Constantino Coronel – PSD
Leanir José – Zizinho – PPS
Leonardo Rodrigues Lele da Cunha – PSD
Reginaldo da Fast – PTC
Virgínia Scarpatti – PR

Wladimir Careca – PRB

 

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